terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Poema:

 Quando




Quando acordar em seus braços,
o vento cálido soprando em minha face,
todo o mundo parado em razão do nosso amor.
terei a certeza que vivo!

Quando não mais precisar te encontrar,
e notar em todo raiar do dia sua presença 
farei festa, cantarei minha alegria
Acreditarei que tenho você.

Quando a meia noite chegar,
em seus olhos olhar,
seus labios o meu encontrar
provarei o gosto mais sincero que há no amor.



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Inevitável

 

Tenho medo de perder,
coração que dói a cada sonho,
perco voce neles, vivo algo inevitável.

a morte não é minha inimiga,
mas por ser desconhecida e nunca saber
quando ela vem visitar minha casa
eu temo, quem ela levará?

Não sei, mas você é a dor maior,
dói sem acontecer, tenho medo do seu morrer.
sei que morre para mim e vive para a eterninadade
só que eu nao to na eternidade.

Meu coração dói pelo medo de te perder.
tenho medo de morrer quando sei que não vai comigo.
Tenho medo de não te ter

Verdadeiro




Não quero sofrimento, 
quero alegria, 
quero meu coração perto de quem não estou ainda... 
Quero amor puro e racional.
VERDADEIRO!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sete palavras



Corpo seco, mente vazia, nenhum taco de certeza
Os ventos do norte, fundo, puro sem sorte
Um caminho... novo, reverso do que sinto
O rio que secando, põe lágrimas em meu olhar
dependente, fraco sem oração, no meio da imensidão
grito, calo, morro, morro...
e o pedaço de meu coração  , colocaste, jogaste, cozinhaste
onde não sei... Solitário na multidão,
corpo seco, espírito em volúpia... pecador
é como remar até o rio, e perder o leme no retorno,
amar, entregar,coração, feliz, triste, sozinho, morte.

Silenciou


 
Há uma parte que silenciou
não quer propagar sentimento algum
outra que multiplica todo amor, corrente de vida
há um que pensa.
 dois seriam de mais?

outro se cobre de interrogações, se é suficiente AMAR
um já não faz o passado presente
outro abre risos de esperanças em viver o passado num presente tão futuro.

um corre, não há explicações
outro caminha e segue os rastros, com ânsia e ternura
um sumiu ninguém viu
quem saberá?

um deles Multiplicou, pensou, andou a procura
 enlouqueceu.
hoje vive louco, de desejo pelo amor afável intrínseco
silenciou!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cinzento







As vezes penso que falo,
As vezes falo o que não penso. 
Quando não penso no que falo, pago.
Quando falo o que penso, sinto.

Mas se falo o pensamento,
esse efeito laço, forma aquele abraço
arremesso aquele beijo 
Guio, caminho, falo, vejo.

Meu pensamento vago não fala de amores,
minha voz tão hostilizada, calou-se e na penumbra da noite, penso.
Vejo com olhos cinzentos, na noite a falar,
o brilho do mar,  a aurora a cantar, nua... nua... nua!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Você


http://julymyemotions.files.wordpress.com/2007/11/coracao.jpg 

Sonho...
Pensamento ou desejo.
Pensamento...
Desejo ou ilusão.
Ilusão...
Pecado ou mentira.
Pecado?
Medo ou verdade?
Verdade...
Amor ou fascínio.
Amor?
Você e eu...
Eu...  tenho um pensamento que a ilusão não apaga: Você.
Você é o pecado que a verdade e o amor apresentam para mim, como plenitude. E eu gosto.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Companhia


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVY36DLyD1QSr_CrdDMvOHCDh86fWJfCBab39CkeJ0CeeQhrfhL8a3onIXw0YI-IJ0P136Hou2xRnW2ZvmdH0XuRX2vTNzTiwFyBnqqEgQRBFPWfz90z5tGtKNv4mBq9z1Cq-ADBSESQU/s1600/amigos2.jpg


Tem tempo que não digo, 
então eu vim dizer,
que adoro sua companhia, 
adoro estar com você
 à Janilda

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sonho.

http://3.bp.blogspot.com/_Z5m1qekCrjg/R1F3n2F4r6I/AAAAAAAAADk/DWFwSaxil8U/s1600-R/corvo+2.jpg






Caíram as cortinas. A babá por cima delas.
A criança ri sem parar das babaquices que o mundo tem.
A babá levanta rindo, ri o pai, a mãe e os irmãos, só não riram os vizinhos. Sãos anciãos!
A criança já não ri. Chora... Fome? Medo? Não, preocupação! A babá caiu no chão.
Braços dados, cabeça, pescoço. A criança, a babá. Baba na babá da criança babona.
Banho, roupa, cama. Babá cuida da criança. Ri, embalança. Sonho... acorda babá, tú não tem baba nem criança.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conto:

Utopia
 

As manhãs no interior da Bahia já não eram tão molhadas, a poeira tomava conta do vento. As folha de verde amarelavam e caiam na primavera-verão do sertão. O sol que nascia mais cedo, já vinha quente como o pingo do meio dia, todos acordavam muito cedo não por ter de levantar, mas pelo calor das 5 da manhã. O cantar da vassoura a varrer o terreiro da casa era ouvido, e o costume de acordar com esse som era bom sinal, a mãe já estava acordada. Ele acordou tão ligeiro, e lembrou-se do dia anterior, as lágrimas ainda molhavam sua face, seus olhos vermelhos, as olheiras o deixava com semblante abatido. Levantou-se, banhou-se, tomou o mesmo café matinal e foi ao seu trabalho. Por morar próximo ele sempre caminhava até lá. Seus pensamentos corriam mundo a fora como as águas no percurso de um rio, e ia de encontro ao garoto que ele tanto amava, a lembrança de sua face o fazia ri e sussurrar algo que somente ele poderia ouvir, talvez ele nem falasse só pensasse que o fazia. Tentando segurar as lágrimas ele procura um outro pensamento, mas seu sub-consciente não é dominado, e as palavras, a voz, o rosto tudo que ele mais ama naquele garoto vêm em sua mente. Ele sentia no peito uma dor, medo de perder, uma angustia já mais sentida. Sabia que não podia fazer muito, pois a distancia não o permitia lutar como queria, suas armas eram fracas, e apesar de seu amor ser muito grande ele não sabia por que sentia tamanha falta de capacidade. Estava a perder seu verdadeiro amor? Ele se via confuso, não sabia o que fazer. Continuava andado na rua, mas não via o caminho, pois ainda estava a pensar em cada momento desde a primeira vez que viu a foto de seu grande menino. Emocionado ele não consegui mais caminha e com lágrimas nos olhos ele encosta-se na parede, sua mão suavemente desliza a parede e ele vai descendo como se suas pernas não mais existissem, sentado no chão com a cabeça baixa sobre os joelhos não contem suas lágrimas. As pessoas que por ali passam, parecem nem o ver, e ele nem parece saber onde estava, ali mesmo ele adormeceu. Quando acordou conseguiu reerguer-se, minutos mais tarde, olhos dilatados, face sóbria, continuou a caminhar. Trabalhou o dia inteiro. Não deu uma palavra se quer, mas pensou muito, e desnorteado ao fim da tarde retornou a sua casa. O sol descia poente, e a lua tão dourada vinha nascente. A porta de sua casa, sua diz  com um sorriso largo que tinha uma surpresa em seu quarto, sem dá muita atenção ele sorri sem nenhum animo, e segue até o quarto. Ele ver aquele corpo, deitado a dormir. No quarto tinham três malas. Sua face de consternação, vem a contentamento. Contemplando aquele garoto, deitado em sua cama, ele chora, mas agora não mais de dor. Chora de felicidade, é como se ele tivesse agora a certeza que vivia, que não mais morreria sem ter quem tanto amava ao seu lado. Ele sentou-se no chão com a cabeça sobre a cama, suas mãos acariciavam os cabelos de seu amado, aquela face tão angelical, seu desejo de fazê-lo feliz agora aumentara. Ali mesmo sentado no chão com as lagrimas inescrupulosas com a mão na face de quem tanto amava ele dormiu. E só acordou no dia seguinte muito cedo, sorriso radiante, face suave, não havia mais tensão em sua expressão. Espreguiçou-se e sentou na cama, mas não viu nenhuma mala no quarto, estranhou aquilo, saiu do quarto perguntou a sua mãe por ele, mas ela sem saber do que se tratava perguntou se o filho havia sonhado com algo. Foi então que caiu sua ficha, ele nada falou, abraço-se com a sua mãe e pôs-se a chorar, um pranto que parecia ter perdido alguém pra sempre. Voltou a sua cama, sentou-se e não mais levantou naquele dia. O sol já estava alto, a poeira do sertão cobria o mundo como uma neblina. Ele não levantara ainda, mas seus pensamentos continuam seguindo como o percurso de um Rio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Águia



A águia ao completar quarenta anos de idade tem duas alternativas, recolher-se num canto e morrer, tendo em vista que suas unhas estão cumpridas e tortas demais  para agarrar a presa, e seu bico igualmente às unhas torto e curvo demais. Suas penas atrapalham, e comprimem o peito e até dificultam a respiração. A esta primeira alternativa diante da velhice ela pode se resguardar para a morte certa, ou, pode optar pela segunda alternativa: Ela poderá arrancar com muita dor as penas velhas que tem, quebrar suas unhas nas rochas e igualmente bater com seu velho bico no rochedo até que ele se quebre dando lugar a um novo bico que nascerá em alguns dias. Arrancado tudo isso, ela deve se isolar num lugar onde não tenha predadores e que tenha também, algum alimento fácil, pois não poderá voar até que nasçam suas novas penas. Se ela passar por esse sacrifício, terá mais quarenta anos de vida, em virtude de seu bico novo, suas penas, suas unhas e sua coragem de querer realmente viver.

  

domingo, 12 de setembro de 2010

Um perder para ganhar

O ditado do coração,
não canta beleza finita,
ele pulsa a dor de perder,
e ganha numa noite bonita
o encanto de um amanhecer.

Á ganhar,  o perder.
Ao percado, o perdão,
Ao coração, o amor,
Á ferida, toda dor.

Ganho contando todo amor que perdi,
Perco vendendo toda ilusão que consegui.
Á ilusão, meu desejo de um amor não conhecido,
e assim, garanto em meu peito mais uma dor de poeta despercebido.

Eu ganho ao perder
um amor desenfreado,
que me guia em desnorteio
pensamentos embaranhados.

Na mágia, perder para ganhar
No amor, conquistar e 'ser' amar
Na vida, aprender e guiar
Na morte, entender e aceitar.

Oração á Oxum

Senhora Oxum,
____________________________________________________________
És das águas a mais doce mãe...
pura e grande calmaria...
no teu colo trás o afago de mãe...
sê mãe de todos,
acalentadora dos aflitos.
Ho mãe
segurai em minha mão,
como teu filho que sou,
e fazei-me tranquilo, tal qual suas águas,
mansas.
Dai-me a confiança de tuas águas
que descem ribeirões, sem medo do trajeto, entrecortando a imensidão do mundo rumo as grandezas de Iemanjá,
Ho! Senhora Oxum.
Dona meu interior, guiai-me por bons caminhos,
e que eu saiba reconhecer as boas coisas
e aceitar as vem testar minha fé.
Ora iêiêô, Oxum!
Fortaleza do meus sonhos,
Ora iêiêô, Oxum!
Senhora de minha paz,
Ora iêiêô, Oxum!
___________________Assim seja________________

Gostar

Estar enamorado,
         inspirar amor,
                experimentar do amor,
 sentir sua intensidade é para os de boa casta,
                      para os que sentem a sede deste sentimento,                                                             sentem avidez pelo amor.
                      Quem deste afeto se vale jamais ficará decrépito,
 mesmo que passe o tempo,
                                       ele continuará sólido,
até que venha o termo e decida se ele (o amor) é imortal!!!

Aqui comigo

MÚSICA

Composição: Alisson Vital, Janilda Reis e Juninho do Cavaco  "Outubro 2009"

Sem você estou hoje,
Sei que não te perdi
Hoje quero ter você
Bem pertinho de mim.

Te pedi pra ficar
Pensei em não mais voltar.
Implorei, me humilhei, chorei por ti
Mas você nem se quer, olhou pra mim .

Te quero, vem. Me olha nos
Meus olhos, me faz teu refém
Do teu amor, vem...
Me ama, me abraça,
me chama de meu bem,
te quero aqui comigo.
Alisson Vital

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Infinita dor

É tão bom te ter... 
É tão ruim não te tocar...
É maravilhoso te ouvir...
É um tormento não te ver...
É puro extase te desejar...
É pesadelo não poder "te amar"
É infinita dor, amar e ser amado,
pois mesmo sendo correspondido 
há uma falta quando o você não estar 
pra mim, sempre há essa "dor"
que se transforma em lamento.
É único crer que sou amado,
é perfeito pensar em seu beijo...
é infinito. É infinito,
tudo que guardo em minh'Alma
todo meu amor, meu desejo de te ver feliz...
É infinito meu anseio, minha paixão
minha verdadeira alegria
quando penso em ter eternamente o teu amor
e poder te dar o meu amor como prova de TUDO.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

Temporada de Flores - Leoni

          ♫                      Que saudade... ♫                ♫
          ... Me espera amor que eu tô chegando,

                 Depois do inverno a vida em flores
                             Espera amor
                     nossa temporada das flores
          http://www.olharnet.blogger.com.br/315009.jpg 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A felicidade

Conversando sobre política com um senhor de mais ou menos 60 anos, ele do nada me pergunta se sou casado, eu digo que não e ele me diz que deveria casar para ser feliz, pois ninguém consegue ser feliz sozinho. Eu simplesmente ri, e ele continuou dizendo que é com o casamento que por vezes conquistamos nossa felicidade, em meio a suas chamadas "lorotas", o senhor Zé do Chico me disse que o amor é algo que encontramos sempre, mas a felicidade desse amor nem sempre é encontrada. E o motivo disso é um só, "estamos mais preocupados com nossa felicidade e acabamos esquecendo a felicidade da pessoa que amamos". Achei meio estranho um senhor da idade dele pensar muito em amor, pois de acordo com umas conversas anteriores, pensei que não visse o amor de tal forma, logo percebi que me enganei, aquele senhor estava me dando um banho com aquela conversa, eu ali parado só ouvindo, engraçado, eu que sempre acreditei saber o que era amar e ser feliz percebo que ainda tenho muita a aprender, principalmente quando ele disse o que" Quando casamos não podemos pensar em fazer nossa feliz, devemos pensar em fazer a outra pessoa feliz plenamente, porque só assim a uma reciprocidade de felicidade", nossa quase não acreditei, não que eu esteja subestimando aquele Sr. é que o grau de instrução dele aparentemente baixo não demostrava tal pensamento, pois seu jeito rude, "bruto" por assim dizer, não poderia penso eu ter esses pensamentos. Ele ainda finalizou mandando que eu procure a felicidade da pessoa que amo e só assim encontrarei a minha. 
Hoje, não há mais pensamentos assim, eu não pensava em fazer o outro feliz primeiro eu pensava em ser feliz e fazer feliz. Apredi que a minha fewlicidade consiste em eu fazer feliz quem tanto amor.


sábado, 17 de julho de 2010

Solidão

http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/img_poesias/8330_gr.jpg
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.


Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.


Solidão não é o o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.


Solidão não é o o vazio de gente ao nosso lado... isto é circusntância.


Solidão é muito mais do que isto.


Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

Chico Buarque

Crônica

Lembranças de um adeus
                   


 Andar com passos de medo não faz bem, sentir-se sozinho faz o peito queimar igual brasa no fogo, e ele segue a lembrar, do sonho que não acabou. Ele lembra...
O jovem, garoto das pedras de ouro, sentado a ver a carruagem da noite chegar, e observa a deusa da noite que trás flamejante e singular a bela lua. E com ela o anoitecer traz ao jovem rapaz, a carga solitário de um deus sem amor.
O medo da solidão eleva suas dores ao extremo, aquela realidade tão incrédula o torna incapaz de não saber viver ou não saber o que é a vida. Tão pouco tempo sem sorrir, o fez envelhecer uma eternidade. E as outras eternidades? Ele viverá tão sozinho noutras quanto já vivera nessa. 
Seu olha tão perdido vai de encontro a beleza daquela luz, que é emanada pelo sol, vem e reflete na mais bela criação da deusa da noite, aquela lua tão perfeita, não vê-la mais refletir naqueles olhos que o ensinaram a amar é quase irreal, pois na sua majestosa comunhão, não existirá futuro, só alguns poucos minutos com quem tanto ama. 
De longe, todos aqueles que conheceram a beleza daquele amor, vêem somente as sombras de duas pessoas e uma fusão do nascer da lua com morrer de um amor. E naquelas pedras de ouro, tão triste, existe agora uma carregada dor, um medo na alma, uma partilha mentirosa de risos e nenhuma palavras é dita, só lágrimas, e envolto de revolta se questiona, mas não peca pelo que diz,  Quando se perde um amor, renasce uma vida? Ele se engana? – Vida? Para aqueles dois, sentados na beira do mar, já não existe mais. 
O garoto das pedras de ouro está morto, mas ele não morre fisicamente, sua morte é subjetiva, pois sua dor de não ter mais quem amava, o faz perder todo prazer de existir, de acreditar que vive.  E elevando seu corpo sobre aquele que já não vive, sente nas mãos o último pulsar daquele coração que tanto o amou. 
Qual nebulosa se torna a noite. O vento trás consigo o som da selva e parece que os espíritos da mata choram sua dor. O mar reluzindo o luar, tão brando, tão negro na noite, exprimindo seu padecer com ondas leves, suaves, e elas chamam aquele corpo já sem vida, inerte a este mundo e a qualquer outro que possa existir. O garoto das pedras de ouro caminha pelas areias e em seus braços carrega o amor não mais vivo, vai em direção ao mar, que clama pelo corpo, tão pálido, sem movimentos próprios, um corpo sem alma, cavalo sem domador.
Seus pés finalmente tocam a água, que de tão ansiosa parece estar numa ebulição de frialdade, o garoto continua a entra mar a dentro, ele não conhece o mar, mas o mar o conhece bem, viu aquele garoto crescer, brincou com ele ali na praia de Afrodite. Cominhando, ohos fechados, a água em seu peito, ele vai soltando ao poucos o corpo, é tão sem igual esta cena, pois o mar toma o defunto como se fosse seu e empurra aquele garoto para fora, não demora o corpo está submerso, não mais existe em face da terra. Ele grita! O medo e a dor em seu coração o faz sentir o ápice de toda e qualquer desventura da vida,  parece louco. Suas palavras ecoam em seu silêncio e tão alto ele chora com a alma. Cai por terra suas lagrimas. Seu olhar fixa-se na luz da lua refletida naquele mar, que agora é a casa de seu eterno amor. Ninguém o ampara , ele volta a suas pedras, tão ouro, tão solidão. Um sono consome seus olhos, fecha-os com esperança de também morrer, mas como pode um deus morrer? 

Essas lembranças não fogem da sua memória e cada vez que recorda, ele revive, mas andar com passos de medo não faz bem, sentir-se sozinho faz o peito queimar feito brasa no fogo, ser eterno nem sempre dá aos deuses uma eterna felicidade. Ele ainda chora. Chora ele, longe de seu coração, chora mais uma eternidade.

[continua]
                             










sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tempo


Ontem...
...aquela música fez meu coração lembrar,
que estou longe de você, sinto sua falta.

Hoje...
...os meus pés sentem o cansaço da saudade,
eles pedem sua companhia, te procuram pelas ruas.

Amanhã?
... nem sei se ele existe para mim, não sou dono do tempo,
e mesmo assim, continuarei a te amar.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lágrimas



Hoje a saudade me toma,
me bebe como cálice sem pudor,
consome meu consciente,
rasga meus olhos,
flamuja em mim as lagrimas.

Caminhando sem razão,
sou postulado pela solidão,
ter de viver longe assim 
o peito arde, deprimido quase morre
Mas não, não vou morrer.

Sou forte em meu amor,
e mesmo sem te ver,
propago em mim, você.
a razão do meu sorriso
a razão de minhas lágrimas.


Amor - Pois que é Palavra Essencial

Amor — pois que é palavra essencial 
comece esta canção e toda a envolva. 
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia, 
reúna alma e desejo, membro de vulva. 

Quem ousará dizer que ele é só alma? 
Quem não sente no corpo a alma expandir-se 
até desabrochar em puro grito 
de orgasmo, num instante de infinito? 

O corpo noutro corpo entrelaçado, 
fundido, dissolvido, volta à origem 
dos seres, que Platão viu completados: 
é um, perfeito em dois; são dois em um. 

Integração na cama ou já no cosmo? 
Onde termina o quarto e chega aos astros? 
Que força em nossos flancos nos transporta 
a essa extrema região, etérea, eterna? 

Ao delicioso toque do clitóris, 
já tudo se transforma, num relâmpago. 
Em pequenino ponto desse corpo, 
a fonte, o fogo, o mel se concentraram. 

Vai a penetração rompendo nuvens 
e devassando sóis tão fulgurantes 
que nunca a vista humana os suportara, 
mas, varado de luz, o coito segue. 

E prossegue e se espraia de tal sorte 
que, além de nós, além da própria vida, 
como activa abstracção que se faz carne, 
a ideia de gozar está gozando. 

E num sofrer de gozo entre palavras, 
menos que isto, sons, arquejos, ais, 
um só espasmo em nós atinge o clímax: 
é quando o amor morre de amor, divino. 

Quantas vezes morremos um no outro, 
no húmido subterrâneo da vagina, 
nessa morte mais suave do que o sono: 
a pausa dos sentidos, satisfeita. 

Então a paz se instaura. A paz dos deuses, 
estendidos na cama, quais estátuas 
vestidas de suor, agradecendo 
o que a um deus acrescenta o amor terrestre. 


Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'

domingo, 11 de julho de 2010

Meu pai.

                                                     http://zepower.files.wordpress.com/2008/08/oxossi.jpg

    O senhor dos meus passos
    caminha ao lado,
    ele trilha meu caminho
    de folhas verde e amarela, 
    não me perco, não fico sozinho, não saio da trilha.

    Ele me guia pela natureza, 
    de dentro do meu coração,
    e num giro de caça-caça, 
    me conduz aos pés de Zambi!
    Meu lugar é perto de meu pai,
    lá nas matas, que é morada.

    Odé, caçador de maravilhas,
    Norteia-me até a luz,
    E grato sou, sempre serei.
   Okê caçador...
   Okê meu pai...

QUEM NUM TEM EMELHO, XIMBA!

http://www.ecs.psu.edu/ComputerSupport/images/email.gif




Aí galera, 
             Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falano.

É porque eu num tenho emelho, aí ele me liberôpra escrevê no dele. E eu quero falá é sobre isso mermo: emelho. A parada é a seguinte: ôto dia eu tava percurano um serviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja de computadô. Aí eu fui lá vê colé a de mermo. Botei uma rôpa sacanage que eu tenho, joguei meu Mizuno e fui lá, a porra. Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulé me deu e fiquei lá esperano. Nêgo de gravata e as porra, eu só "nada... tô cumeno nada!". Aí, eu tô lá sentado, pá, aí a mulé me chama pa entrevista, lá na sala dela. Mulé boa da porra! Entrei na sala dela, sentei, pá, aí ela começô: a mulé perguntano coisa como a porra, se eu sabia fazê coisa como a porra e eu só "sim sinhora, que eu já trabalhei nisso e naquilo", jogano 171 da porra na mulé e ela cumeno legal, a porra!

Aí ela parô assim, olhô pra ficha e mim perguntô mermo assim: "você mora aí, é?", aí eu disse "é". Só que eu nun sô minino, botei o endereço de um camarado meu e o telefone, que eu já tinha dado a idéa pra ele que se ela ligasse pá ele, ele dizê que eu sô irmão dele e que eu tinha saído, pra ela deixá recado, que aí era o tempo dele ligá pro orelhão do bar lá da rua e falá comigo ou deixá o recado que a galera lá dá. Eu nun vô dá meu endereço que eu moro ni uma bocada da porra! Aí a mulé vai pensá o que? Vai pensá que eu sô vagabundo tomém, né pai... Nada! Aí, tá. A mulé só perguntano e eu jogando um "h" da porra na mulé, e ela gostano vú... se abrindo toda... mulé boa da porra! Aí ela mim disse mermo assim: "ói, mim dê seu emelho que aí quando fô pra lhe chamá... - a mulé já ía me chamá já - ... quando fô pra lhe chamá, eu lhe mando um emelho". Aí eu digo "porra... e agora?". Aí eu disse a ela mermo assim "ói, eu vou lhe dá o emelho de um vizinho meu pra sinhora, que ele tem computadô, aí ele mim avisa". Mintira da porra, que o cara mora longe como a porra e o computadô é lá do trabalho dele, aí ele ía tê que mim avisá pelo telefone lá da rua.

Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela me disse mermo assim: "aí, não! como é que você qué trabalhá na loja de computadô e não tem emelho?". Aí ela bateu no meu ombro assim e disse "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho ximba!". Falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía fazê o que, véi?

Aí uns dias depois eu acabei conseguindo um seviço de ajudante de predero: um pau da porra! Eu pego 7 hora da manhã e leva direto, a porra, de 7 a 7, aí meio dia para pra almuçá, comida fêa da porra, e acabô o almoço nun discansa não, volta pro seviço. É pau, vú véi... é pau viola mermo. É por isso que eu digo, é como a mulé disse: "quem nun tem emelho ximba, véi!". É isso aí. Os cara que nun recebero esse emelho vai ximbá, na moral, dá um pau da porra, quando chegá fim de mês, recebê uma merreca. Agora pra você que recebeu esse emelho, eu vô lhe dá a idéa, ói, vá lá na loja que ainda tem a vaga! Já fui!

Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falando.

Valeu!

Jonilso


                                                 (texto recebido por e-mail, autor desconhecido)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fico sem você


Se eu fico sem você, meu coração logo fica triste,
emudece a minha boca, decresço, morro...
Corro de encontro a solidão, 
ganho traços de velho cão sem dono.
Largado á mercê da tristeza, no tempo sem uma âncora,
ligeiramente sou devagar, solto um grito.
Isolado sem meus pensamentos,
Confiança quero ter, mas não fico tão feliz
Coração espedaçado, brincadeira sem graça é ficar sem você.
Se eu fico sem você, meu coração logo fica com medo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Despir=


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Gloriosa dor carrasca da vida finita
chama viva que baila pelo meu peito.
Oh, fúria cheia de desamores, ilusões em meu olhar
conta-me quanto vale o viver
numa aurora perdurada sem o sol?

Conturbado o coração com a perplexa vontade no morrer,
sinta no canto dos pássaros a realidade fugaz. 
Conviva com o sonolento mover longínquo de mim, mas dentro dessa dor,
dor que tem o nome sem solidão.
Que vive a perturbar meu sincero pensamento.

Agora penso já saber o que estou sentindo
só com o pulsar do coração
é uma dor profunda e fria 
não alimentarei mais angustias: viver basta
procurarei me despir, mesmo a nudez me condene ao fim.








sábado, 26 de junho de 2010


A princesa das águas dorme a beira mar,
Canta o canto da vida em seu colo
Dá vida ao seu encanto tão mar.

A princesa das águas corre em sonhos toda maternal
ajuda os filhos teus em maremotos sofridos
Ela dança nas areias para afastar toda a dor.

É princesa de ternura, cheia da graça marítima
cuida com o azul de seu canto de mãe a ninar
princesa sereia que protege os filhos que cuidam do mar.

21.05.2019

Medo

 http://renanmatavelli.files.wordpress.com/2009/12/tristeza.jpg


 A tristeza me povoa de medo.
Meu pensamento ainda é o mesmo
No entanto não anseio o mesmo de antes.
Teus olhos abertos e vivos é que não me dão vitalidade
estão longe de mim,
não sei o que ser sem você perto.
Meu medo de te perder faz-me objeto sem valor.
Minh’alma canta aflita a dor,
meus olhos te vêm e sentem o  ardor.
Arde o medo, na possibilidade de um dia nunca mais te ver.
.
 http://delta2imagens.no.sapo.pt/sou.JPG

Sou sua primavera,
as cores que ofuscam seu olhar.
sou a saudade do perfume nas flores,
Sou minha imperfeita nostalgia,
na rosa a florir, que morre por nao poder te amar.
Sou o nada dentro do tudo,
e para você quero sempre estar dentro do tudo
mesmo sendo um nada qualquer.
Sou o andarilho, que procurar teu abrigo,
sou o frio que deseja seu calor.
Sou o medo a cada instante
de não ter o poder de te fazer rir.