Ninguém viu.
O espectador perdeu,
e eu perdi também. ninguém viu!
no exato momento eu estava sozinho.
E vivi a solidão desse tal querer.
As pedras me alimentaram,
seco, insosso sem sabor
comi minha carne
e ninguém viu.
Corri feito cavalo sob as nuvens chuvosas,
dancei moldado pelo barro azul,
Ninguem viu eu caminhar
Sozinho.
Mas vou cantando
o hino em louvor a solidão que vivo
Ninguém viu a declaração, as palavras pequenas.
Ninguém viu
Nem ouvirão eu proferir
eu nem sei quais foram pronunciadas
depositei no esquecimento toda expressão falada.
Eu cantei sem memória as palavras sem ordem
e a mistura me fez perceber a solidão
senti frio e quem viu foi a alma,
Sozinha comigo.
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