quarta-feira, 29 de julho de 2020

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Retorno à escrita

Há muito tempo estou sem escrever neste Blog. A vida me pôs em encruzilhadas diversas que acabei esquecendo desse projeto. Ao reencontrá-lo, li, reli quase todos os inscritos aqui. vi coisas de um eu que há mais na memória. Lembranças que, às vezes são esquecidos, mas uma vez tocado por uma fagulha do passado, podem nos fazer voltar no tempo. Esse retorno no tempo pode ressignificar cada letra. Nos fazer ver outros de nós que esquecemos.

O fato é que há muitos inscritos aqui de alguns de mim que não existem mais. A gente vive em mutação constante. Mas, é isso mesmo, se pensarmos com Stuart Huall isso é apenas por sermos sujeitos da pós-modernidade, temos identidades diversas que vão sofrendo mudanças sob influência dos processo culturais. Há essa liquidez que nos tem composto às identidades. Ela nos tenciona há mudanças e adaptações diversas. Nos moldamos e Bauman que o diga.
Decidi retomar as escritas por aqui pensando para que as contribuições com a desconstrução de diversos paradigmas, estigmas, preconceitos, discriminações. A partir daqui, este é um ambiente virtual de escrita de um ainda jovem Negro, preto, sertanejo. Intento embrenhar os inscritos em veredas poéticas, com cunhos sociais, culturais dentre outros que permeiam nossa sociedade.

Ao rever o blog vi que há alguns "erros": de palavras, de sentimentos, de pensamentos, de ortografia... Prometo que aos poucos farei correção.

Enquanto isso, falo um pouco sobre esses ditos "erros" passados e os momentos vindouros. Segue:

Abaixo, toda uma escrita desconhecida. Há mais do eu desconhecido que eu sabia. Não há poesia que não guarde a memória. Toda palavra traz consigo as imagens de quem somos. Depois de um tempo parado o moinho move-se ao vento. É uma espécie de clamor às águas que a terra escondeu. Não, não há jeito aos homens que as querem ver inundar dores provocadas por eles mesmos. Por isso tudo tem que parar. Primeiro fora, depois dentro, depois na vida, depois no outro, depois no gozo.

Acima, tudo que depois do isolamento de si. Há palavras ainda dentro do ser desconhecido. Dum eu que nem sei onde nasceu. Há margens que construídas pelo tempo se resguardam caladas em rabiscos poéticos. Há o agora, o antes e o depois. Uma  confusão. Uma pandemia criada pela mãe no seio da vida. Arma de sustento à própria mãe. Proteção aos filhos ingratos. Palavras que ventam fé. Depois do silêncio que passou escrito às casas não movem vida. A terra não agride sem prevê sucesso à vida. Sua vida..;

Se não houver lugar sadio, para onde irão o em baixo e o em cima da vida. A escrita feita no noturno do ser será tão válida quanto as palavras ainda ainda não conhecidas. A incerteza te cobre sem terra, sem água, sem folha. Há nadas que não se faz. Mas dizem que o dinheiro tudo paga.

É isso, sertanejos!

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